quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Concorrência Perfeita, Monopsônio, Oligopsônio e Monopólio Bilateral

Conceito de Concorrência Perfeita
A Concorrência Perfeita corresponde a uma situação limite em que nenhuma empresa e nenhum consumidor têm poder suficiente para influenciar o preço de mercado. Para que tal situação se verifique é necessário que se verifiquem determinadas condições, nomeadamente:
  • Existência de um grande número de empresas a produzir o mesmo produto ou serviço (bem) e com dimensão e estrutura de custos semelhante;
  • Existência de um grande número de consumidores e todos com a mesma informação disponível sobre a oferta existente no mercado;
  • Existência de homogeneidade nos produtos ou serviços oferecidos no mercado;
  • Inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado.
Nestas condições, cada uma das empresas concorrentes enfrenta uma curva da procura horizontal, ou seja, perfeitamente elástica (ver elasticidade procura preço), não existindo, por isso, qualquer incentivo para praticar um preço diferente do preço de mercado. De facto, se uma empresa individualmente praticar um preço mais elevado do que o preço de mercado, perderá imediatamente toda a procura que lhe é dirigida pois os produtos e serviços são perfeitamente homogéneos e os consumidores têm informação perfeita sobre a oferta existente; por outro lado, se a empresa decidir praticar um preço mais baixo do que o preço de mercado também não resistirá muito tempo pois, numa situação de concorrência perfeita, o preço de mercado corresponde a uma situação de lucro económico nulo, pelo que um preço mais baixo originará uma acumulação de prejuízos não sustentáveis no longo prazo.



Monopsônio


Em economia, monopsônio é uma forma de mercado com apenas um comprador, chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe apenas um vendedor e vários compradores. O termo foi introduzido por Joan Robinson.
Um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus ganhos dependem da elasticidade da oferta. Esta condição também pode ser encontrada em mercados com mais de um comprador. Nesse caso, chamamos o mercado de oligopsônio.
Em microeconomia, monopsonistas e oligopsonistas são assumidos como empresas maximizadoras de lucros e levam a falhas de mercado, devido a restrição de quantidade adquirida, que é uma situação pior do que o ótimo de Pareto que existiria em competição perfeita.
Tradicionalmente, a microeconomia assumia que tal problema era pouco relevante, ignorando-o então em seus modelos. Porém, uma exceção importante foi observada no século XIX. Nesta época, havia muitas pequenas cidades com centros de mineração, onde havia apenas um empregador (comprador de força de trabalho, ou seja, a mineradora) para quase toda a população (vendedor). Cada vez mais exemplos são encontrados hoje em dia, principalmente no mercado de trabalho.

 

Oligopsônio

Em economia, oligopsônio é uma forma de mercado com poucos compradores, chamados de oligopsonistas, e inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do oligopólio, onde existem apenas alguns vendedores e vários compradores.
Os oligopsonistas tem poder de mercado, devido ao fato de poderem influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus ganhos dependem da elasticidade da oferta. Seria uma situação intermediária entre a de monopsônio e a de mercado plenamente competitivo.
Em microeconomia, monopsonistas e oligopsonistas são assumidos como empresas maximizadoras de lucros e levam a falhas de mercado, devido a restrição de quantidade adquirida, que é uma situação pior do que o ótimo de Pareto que existiria em competição perfeita.
Tradicionalmente, a microeconomia assumia que tal problema era pouco relevante, ignorando-o então em seus modelos. Porém, foram verificados casos importantes ao longo do tempo. Um exemplo de oligopsônio é o mercado de cacau, onde três firmas (Cargill, Archer Daniels Midland e Callebaut) compram a maior parte dos grãos de cacau, geralmente produzidos por pequenos agricultores de países menos desenvolvidos.


Monopólio bilateral

Um monopólio bilateral é um mercado em onde cohabitan um monopólio de oferta e um de demanda, e em onde tanto o vendedor como o comprador podem influir nos preços. Isto é, existe ao mesmo tempo por parte dos vendedores um monopólio ou oligopolio e por parte dos compradores um monopsonio ou oligopsonio. São bastantees frequentes pois representam o intercâmbio de bens não comuns, como por exemplo a indústria de peças especializadas.
Nesse caso tanto o comprador como o vendedor se encontram em uma situação de negociação]] já que o poder de monopólio (fazendo que o preço suba) e o poder de monopsonio (fazendo que o preço baixe) se contrarrestan mutuamente. Pode ocorrer que não se contrarresten do todo prevalecendo um dos dois poderes de forma significativa.
Em consequência, não existe uma regra singela, sua "resolução” depende do poder de negociação da cada um, da informação disponível etc. Inclusive se as posições de intercâmbio mutuamente ventajosas explodem-se completamente, isso não conduz à determinação de uma solução única; pode-se dizer que máximo se consegue um óptimo de Pareto por definição mas se apresentam uma infinidad de óptimos de Pareto, relacionados com as “condições iniciais” do desenvolvimento das transacções. Um deles pode ter mais tempo e mais paciência ou mais capacidade de convicção, etc.
Em tais condições a Ciência Económica procura as características dos óptimos de Pareto associados a uma ou outra situação de monopólio bilateral, sem privilegiar nenhum deles.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bens de Consumo

 

Bens de consumo  (ou bens de consumo familiar) são os bens utilizados pelos indivíduos ou famílias. A quantidade de bens de consumo que são comercializados em cada país reflete o nível de vida da população e também permitem avaliar os gostos e as características da sociedade em questão. São, portanto, os bens produzidos pelo homem e destinados ao consumo das pessoas (diferentemente dos bens intermediários que são utilizados noprocesso de produção para serem transformados em bens finais ou dos bens de capitais que são as máquinas utilizadas pelas indústrias).
Os bens de consumo estão divididos em duráveis, semi-duráveis e não duráveis. Os bens de consumo não duráveis são aqueles feitos para serem consumidos imediatamente (sorvetes, chocolate, etc.). Os bens de consumo duráveis são aqueles que podem ser utilizados várias vezes durante longos períodos (um automóvel, uma máquina de lavar roupas, etc.). Os semi-duráveis podem ser considerados os calçados, roupas, que vão se desgastando aos poucos.

Bens de Consumo Duráveis


Engloba os bens de consumo que prestam serviço por um período de tempo relativamente longo, como é o caso, por exemplo, das máquinas de lavar roupa, geladeiras, e até mesmo dos automóveis.


Bens de Consumo Não-Duráveis

Produtos alimentícios; bebidas; tabaco; produtos de toucador; vestuário e outras confecções de têxteis; produtos farmacêuticos e outros

Bens de capital


Os bens de produção ou de capital, são destinados à produção de bens de consumo e também podem ser empregados em bens indiretos. Os bens de produção ou de capital, são direcionados para a industria a qual deve transformar esses bens, exemplo: a montadora de automóveis recebe a matéria prima, a qual é industrializado (Transformado), o automóvel ao sair da montadora, vai para as concessionárias, passa por uma revisão, para depois chegar ao consumidor o qual deve receber uma garantia do produto. 

Bens de capital são aqueles utilizados no processo produtivo, tais como máquinas e equipamentos.

Bens intermediários


Bens manufaturados ou matérias-primas processadas empregadas na produção de outros bens, como o açúcar nas balas, os componentes na televisão, etc. Os bens intermediários também podem ser definidos como os insumos que uma empresa compra de outra para a elaboração dos seus produtos. Um exemplo disto é a bobina de aço produzido pelas siderúrgicas, que é considerada um bem intermediário na fabricação de um automóvel.

De Wiki Financeiro ADVFN
Tipos de bens que são absorvidos na produção de outros, tais como o açúcar nas balas, os componentes na televisão etc.

BENS INFERIORES
 
Bens inferiores são bens cuja demanda diminui quando o nível de renda do consumidor aumenta e aumenta quando o consumidor fica mais pobre. Se o bem x for um bem inferior, o aumento de renda dos consumidores reduz a sua demanda, a curva desloca-se para a esquerda e o preço e a quantidade de equilíbrio diminuem.
BENS DE CONSUMO SACIADO

São bens que cujo desejo do consumidor, se encontra satisfeito após um determinado nível de renda. 

BENS NORMAIS:
 
Bens normais são aqueles cujo consumo aumenta à medida que a renda do consumidor se eleva.

Conceito de Bem
Do ponto de vista da economia, um bem é algo que, quando utilizado ou consumido, satisfaz uma necessidade concreta sentida pelo Homem. Sempre que estes bens existam na Natureza em quantidade ilimitada ou pelo menos superior à quantidade necessária para satisfazer as necessidades existentes (por exemplo o ar respirável ou a luz do Sol), diz-se que estes bens são livres. Contudo, a grande maioria dos bens existem em quantidade limitada ou insuficiente para satisfazer todas as necessidades humanas, ou seja, são escassos. Neste caso diz-se que estes bens são bens económicos e passam a adquirir um determinado preço. Por exemplo, há algumas dezenas de anos os lugares de estacionamento nas grandes cidades eram superiores às necessidades - neste caso o bem lugar de estacionamento era livre e, portanto gratuito. A partir do momento em que os lugares de estacionamento começaram a ser escassos, este passaram a ter um preço, isto é, deixaram de ser livres para passarem a constituir um bem económico.

Diferentes Classificações dos Bens Económicos
No caso dos bens económicos, estes podem ser classificados das seguintes formas:
- Quanto à sua duração (duradouros / não duradouros): Consideram-se bens duradouros quando podem ser utilizados mais do que uma vez como por exemplo um carro, o vestuário, a casa e as máquinas; consideram-se bens não duradouros aqueles que apenas podem ser utilizados uma vez tais como os alimentos, os combustíveis ou os serviços.
- Quanto à sua função (bens de produção / bens de consumo): Os bens de produção (também designados por factores produtivos) são aqueles que se utilizam para a produção de outros bens tais como as matérias primas e os equipamentos; os bens de consumo são bens que satisfazem directamente as necessidades humanas, entre os quais os alimentos, o vestuário e os serviços lúdicos.
- Quanto às suas relações recíprocas (bens substitutos e bens suplementares): Dois bens são substitutos entre si se for possível a sua substituição para satisfação da mesma necessidade (como por exemplo o sumo e a cola ou a televisão e o cinema); dizem-se complementares se a satisfação de determinada necessidade se processar melhor quando foram consumidos os dois bens em simultâneo (como por exemplo o carro e a gasolina ou o fogão e o gás).

Conceito de Serviço
O termo serviço designa um tipo específico de bem com características de intangibilidade, isto é, sem existência física. Distingue-se, portanto, do produto, o qual apesar de ser também um bem, é um bem tangível. Outra forma de caracterizar um serviço é pelo facto deste não poder ser armazenável, isto é, é consumido no momento em que está a ser produzido.